sexta-feira, 27 de março de 2009
Romero Britto
quinta-feira, 26 de março de 2009
movimento fauvismo
O Fauvismo
Entre 1901 e 1906, houve em Paris várias exposições abrangentes que, pela primeira vez, tornavam bastante visíveis obras de Van Gogh, Gauguin e Cézanne. Para os pintores que viram as realizações desses grandes artistas, o efeito foi uma libertação, e eles começaram a fazer experiências com estilos novos e radicais. O fauvismo foi o primeiro movimento desse período moderno, no qual a cor reinou suprema.
O fauvismo foi um fenômeno de vida curta, durando apenas pelo tempo em que seu iniciador, Henri Matisse (1869 – 1954), lutou para encontrar a liberdade artística que precisava. Matisse teve de fazer a cor servir sua arte, tal como Gauguin precisara pintar as areias de rosa para expressar uma emoção. Os fauvistas acreditavam inteiramente na cor como força emocional. Com Matisse e seus amigos Vlaminck e Derain, a cor perdeu as qualidades descritivas e tornou-se luminosa, criando a luz em vez de imitá-la. Esses pintores pasmaram o Salon d’Automme (Salão de Outono) de 1905; após ter visto suas audaciosas telas a rodear a escultura convencional de um menino, o crítico Louis Vauxcelles observou que aquilo fazia lembrar um Donatello “parmi lês fauves” (“entre as feras”).
A liberdade pinturesca dos fauvistas e o uso expressivo que faziam da cor eram magnífica comprovação de que haviam estudado com inteligência a obra de Van Gogh. Mas a arte deles parecia mais atrevida do que qualquer coisa vista até então.
Vlaminck e Derain
Durante sua breve prosperidade, o fauvismo teve alguns aspectos notáveis, entre eles Dufy, Rouault e Braque. Maurice de Vlaminck (1876 – 1958) tinha um quê de fera, pelo menos no vigor sombrio de seus humores: mesmo que O rio pareça em paz, sentimos uma tempestade aproximar-se. Proclamando-se um “primitivo”, não dava antenção à fartura artística do Louvre e colecionava máscaras africanas, tão importantes para a arte de começos do século XX.
Com a idade, André Derain (1880 – 1954) conteria seu ardor até atingir a calma clássica. Mas antes, em seu período fauvista, também mostrou uma veemência primitiva; A ponte de Charing Cross, por exemplo, atravessa uma Londres estranhamente tropical. Em certa época, Derain dividiu um ateliê com Vlaminck, e O rio e A ponte de Charing Cross parecem compartilhar uma força vibrante: ambas revelam uso desinibido da cor e da forma, um deleite com o mero feitio das coisas, o que pode não ser arte profunda, mas sem dúvida oferece prazer visual.
Matisse
Sua arte conheceu depois grande divulgação. Fundou uma academia freqüentada por alunos do mundo inteiro. Em 1909 abriu-se uma exposição sua em Moscou e, em 1910, uma retrospectiva em Paris. As viagens que fez ao Marrocos e a Tânger, entre 1910 e 1912, influenciaram sua obra. Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova York, e em 1920 colaborou com a companhia russa de balé de Diaghilev.
Em sua primeira fase, Matisse se mostrava como descendente direto de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas outras influências, como as de Gauguin, Van Gogh e Signac, levaram-no a tratar a cor como elemento de composição.
Em 1904-1905, "Luxo, calma e volúpia" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes. Em 1908, a euforia decorativa de "O aparador, harmonia vermelha" atestava que Matisse já tinha estilo próprio.
Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
Ao explorar ora o ritmo das curvas, como em "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e chapadas, como em "Grande natureza morta com berinjelas" (1911-1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica. Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço.
Já liberto do fauvismo, o pintor mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como em "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração. O amor pela exuberância decorativa aparece em "Blusa romena" e na série "Odaliscas", de 1918.
Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os papiers collés ou gouaches découpées (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram Jazz (1947), livro com suas impressões sobre a arte e a vida.
Foi também escultor e ilustrador. Em 1944, como desenhista, ilustrou as Fleurs du mal (Flores do mal), de Baudelaire, e, como litógrafo, as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a soror Mariana Alcoforado, e Les Amours, de Pierre Ronsard.
Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no sul da França. O autor considerava essa sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa.
Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de novembro de 1954.
Arabian nights (seri)
Mais um artista
Por causa de uma deficiência na metabolização do cálcio, os membros inferiores ficam atrofiados, o que o faz mancar para o resto da vida. Tem aulas na juventude com Bonnat e Cormon, dois artistas competentes, e em 1885, aos 21 anos, abre o próprio estúdio em Montmartre.
Torna-se pintor contra a vontade da família e para sobreviver desenha em periódicos ilustrados. Ilustra temas esportivos, produz cartazes de peças de teatro e de cabarés, como o Moulin Rouge, e retrata a vida nos cafés, circos, bordéis, em obras como The Bar, 1898; At the Moulin Rouge, 1892; At the Races, 1899.
Coleciona litografias do pintor espanhol Francisco de Goya (1786-1828) e recebe influência de Degas, cujo trabalho se assemelha às gravuras coloridas japonesas.Em 1899 sofre um colapso nervoso em virtude do consumo excessivo de álcool e sífilis. Passa vários meses num sanatório, mas volta a beber no ano seguinte. Executa pinturas cada vez mais sombrias até morrer, no castelo da família, em Malromé, interior da França.Abaixo tem duas obras importantes de sua carreira
In the Bar
The Two Friends
quarta-feira, 25 de março de 2009
Olá a todos!!!
desde já agradeço a compreenssão dos usuários
Irmãos Campana - A arte em Design , e vice versa
Mesa Fitas (1993) - tiras de alumínio
Sofá Papel (1993) - papelão corrugado e ferro